0 Quando o amor acaba


Essa noite, acidentalmente, visitei um blog. Que, ainda acidentalmente, me levou à outro blog. E, infelizmente, foi a pior escolha da minha noite. Como você se sentiria ao descobrir que o amor mais lindo que você já conheceu, acabou? Não, na verdade, ele não acabou. Essa é a parte mais triste. Eles continuam lá, o amor continua lá. Todavia, a maldita falta de respostas foi o que fez esse amor sucumbir. Não, não é culpa de nenhum dos dois. Ninguém errou. Mas ambos não conseguiram acertar. E, apesar de eu só conhecer uma das partes desse relacionamento, com a qual, sinceramente, já nem falo, doeu. Doeu em cada cantinho da minha alma que acreditava, com unhas e dentes, nesse amor. Doeu, pra mim, que não consigo imaginá-los separados. E se doeu pra mim, imagina pra eles...

O que mais me dói, porém, é acreditar que dessa vez, não são nem vírgulas, muito menos reticências. É um ponto final.

0 Pra não dizer que eu não dei adeus.


Quero que você saiba que eu jamais pedirei perdão. Mas me arrependo. Me arrependo a cada dia por ter entrado na sua vida, assim como na vida de todos os outros caras que eu apareci. De todos, só um se salvou de mim. Porque foi o único capaz de me prender junto à ele, de um jeito tão sutil que eu até descobri que era isso o que eu buscava. E a este, eu me doo de bom grado, de corpo, alma e o que mais em mim residir. Na minha caminhada, ele esteve lá nos bons e maus momentos. Mas este não é o ponto. Sinto muito se eu te enganei e lubridiei ao ponto de te causar danos. Você sabe muito bem que o jogo era o mesmo. Era pra você o que sempre foi pra mim: nada. Você sempre teve as suas meninas por aí, as que você queria, quando você queria e porque você queria. Elas estavam lá pra você sempre. A diferença é que eu nunca estive disponível pra você. Eu nunca fui sua. E entenda: eu sempre sumo e só volto quando me é conveniente. E essa é a hora de sumir. Mas dessa vez, é pra nunca mais voltar.

                                                            Thaynara Araujo.

2 Pensamentos desconexos


Quero praia de novo. Quero zona sul todo dia. Quero falar inglês e entender muito bem o que me disserem. Quero ver o sol que eu detesto, mas que é tão bonito lá. Quero ver as pessoas que eu amo sendo felizes, tendo a felicidade como mantra. Quero ver o amor estampado na cara, no ar, nos casais felizes na rua por onde eu passar. Quero que a amizade, simples e pura, se torne dia-a-dia, seja ela "na rua, na chuva, na fazenda ou numa casinha de sapê". Ou então no albergue mais bonito e colorido de todo o Aterro do Flamengo. Quero os prazeres de tentar entender um livro em alemão. Quero ver, ouvir, sentir e tocar de novo todas as cores, os sons, a água do mar, a areia branca, a grama verde debaixo daquelas grandes árvores. Andar por longas distâncias, nos perdermos e nos reencontramos, pedir informações e, por fim, parar em um restaurante "all-you-can-eat" e acabar pagando sete reais em uma simples lata de coca-cola. Quero os sorrisos de novo, as confusões de idioma, a sensação de liberdade e a vontade de não sair nunca mais de um lugar. Só isso.

                                                             Thaynara Araujo.
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