Escrevi esse texto há uns oito meses ou mais, tanto que já nem me lembrava mais dele. Enfim:
Eu ainda estou aqui, depois de nove meses. Esqueci de tudo o que eu era antes, pra me tornar o que sou. Estou aqui entre calças jeans, cintas-liga e canções de amor. Estamos aqui, deitados, embolados na minha cama. Sua blusa em qualquer lugar do meu quarto, a minha, na cintura. Celulares desligados. Apenas eu, apenas você. Eu ali, parada, deitada sobre seu peito. Sua mão no meu cabelo, e poderíamos ficar assim durante o resto do dia. O resto? Não importa. O tempo parece não passar nunca e não é preciso falar nada. São apenas gestos, sorrisos e respirações. Eu poderia sim, ter medo ou vergonha, ciúme ou desconfiança. Mas nenhum desses sentimentos me cabem quando falando de você. Deixe que digam, que digam que não vai durar, que ainda temos outras pessoas pra amar, que a vida não é só eu e você. Deixe que digam que nos esqueceremos, que somos jovens, que amor nessa idade não existe. Deixe que se enganem, pois ao que digam que o amor enfraquece com o tempo, diga a eles que tempo não existe, pois nosso amor é pra sempre. E se o tempo existir, deixe que ele enfraqueça as paixões medíocres e inflame os amores verdadeiros, como o nosso.
Thaynara Araujo.
0 comentários:
Postar um comentário