É isso. Por alguma razão que eu desconheço, ele tem o poder de me prender aqui. Não sei se são os seus olhos pequenos que sempre sorriem pra mim ou se é o seu jeito infantil de sorrir. Ou as caras engraçadas que faz quando eu o chamo de bobo. Eu não sou bobo, é o que ele me diz, toda vez, sorrindo. E então começa a me fazer cócegas até eu rolar no chão de tanto rir e ficar sem ar. E me beija, como se fosse a primeira vez, os olhos sorrindo. Talvez seja isso. O sorriso. Acho que em toda a minha pequena existência, nunca vi algo tão extraordinário quanto olhos que sorriem. E que brilham.
Depois de tanto tempo fugindo, o coração se rende a eles, aos sorrisos. E assim foi que eu, uma foragida, encontrei um lar para o meu coração perdido e cansado de ficar batendo por aí sem motivo. Talvez seja por isso que ainda hoje eu me sinta como se fosse a primeira vez. Talvez seja por isso que ele, só ele, tenha sido capaz de me prender aqui.
Thaynara Araujo.
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